Nos últimos dias dois assuntos dominaram a internet: o filme da Barbie e a Copa do Mundo de Futebol Feminino.
Toda a expectativa criada com o filme da boneca mais famosa do mundo foi recompensada com o lançamento na última semana, que trouxe reflexões acerca do empoderamento feminino e da igualdade de gênero, causando debates e aquecendo essas pautas nas redes.
Do outro lado desta mesma moeda, na última segunda assistimos à estreia do Brasil na maior Copa do Mundo Feminina de todos os tempos, com um placar de 4×0 sobre o Panamá. Apenas o início de um campeonato histórico para as mulheres.
Mas, além das mulheres em destaque, o que esses assuntos têm a ver? Eles podem nos ajudar a prever as tendências de consumo do mercado do futuro.
Primeiro, vamos entender o que fez dessa Copa do Mundo tão especial:
Maior da história
É a maior premiação da história (R$ 150 milhões).
Aposentadoria da Marta
Marta, a maior artilheira do mundo, é do Brasil e se aposenta nessa Copa.
Recorde de seleções
Tem a maior quantidade de seleções femininas na história, com 32 equipes disputando a taça mundial.
A disputa vai até o dia 20 de agosto de 2023 com sede na Austrália e Nova Zelândia e, desde o início, já prometia um desempenho de vendas muito maior que a edição anterior, com recorde de bilheteria e de público.
Um estudo feito pela maior empresa de mídia e conteúdo de futebol do mundo, a Footballco, descobriu que:
70%
dos fãs declaram que querem se envolver com a Copa assistindo aos jogos ao vivo.
73%
vão se envolver através do ambiente digital, por redes sociais ou sites, e consideram essa a melhor forma de acompanhar o torneio.
Por isso, a oportunidade atraiu o olhar de diversas marcas e veículos, como já acontece tradicionalmente na Copa do Mundo Masculina.
São mais de 28 marcas patrocinadoras, além das apoiadoras oficiais, que investiram no sucesso das meninas para reforçar a bandeira da igualdade de gênero e da diversidade, o que nos mostra a importância de iniciativas sociais relevantes para se conectar com os consumidores e a percepção positiva que fica para as marcas envolvidas no assunto.
E por falar em oportunidade, o live-action da Barbie gerou um verdadeiro fenômeno que marcou a publicidade e a indústria cinematográfica. O #barbiecore ou #efeitobarbie foi resultado de uma campanha muito bem executada, que uniu storytelling, nostalgia e branding.
A conexão real com o público-alvo, tanto das meninas que vestem rosa, quanto das que viviam com os joelhos ralados de tanto jogar futebol, nos mostram que não existem limites para quebrar estereótipos.
Seja no esporte ou nas telas do cinema, as estratégias de marketing seguem tendências mundiais.
A conversa do “futuro”, na verdade, já começou: em janeiro de 2023, a empresa global de pesquisa de mercado Euromonitor Internacional lançou um relatório no qual a ascensão feminina apareceu como uma das maiores tendências de consumo do ano. A representação justa, equidade e inclusão estão na vanguarda das decisões de compra das mulheres.
Essas tendências chegam para indicar o tipo de estratégia que funciona, de verdade, quando falamos sobre interpretar sinais: encontrar os gatilhos que vão provocar a audiência, incentivando a se relacionar com a marca, seja reconhecendo sua existência, falando sobre ela ou tomando alguma ação.
E nem tudo deve ser sobre conversão.
Esses dois momentos da temática do feminino nos trazem uma mensagem muito similar: mulheres podem e devem ocupar espaços. Enquanto isso, negócios de diferentes categorias podem engajar audiências em constante expansão.
Alcançar esse nível de relacionamento só é possível através do engajamento genuíno. Conteúdo de qualidade, ajudando a fomentar as pautas femininas, é o que nos torna, de fato, apoiadores. Essa inclusão traz novos recordes e olhos voltados para duas potências: do esporte e do cinema. Muito além de uma oportunidade de conversão, essa é a hora de criar espaços seguros para desenvolver mulheres, através de exemplos poderosos de lideranças femininas.
Ao assumir um compromisso em todas as esferas do negócio, é possível construir uma relação de confiança com sua audiência. Ações vazias, sejam elas cor de rosa ou nas cores de qualquer bandeira, não resultam em relevância para o posicionamento da sua marca. O mais importante para criar conexão com o público são atitudes inclusivas, representativas e, de fato, inspiradoras.
Para sair na frente, é preciso tomar riscos. Foram necessários mais de 30 anos para que o futebol feminino entrasse em pauta, mas as marcas que apostaram nessa jornada estão abrindo conversas e impactando positivamente todo um ecossistema.
As tendências podem surgir de todos os lugares, mas é a atenção na jornada do consumidor e a empatia com o público que vão definir quem tem mais chances de se tornar um trendsetter como marca.
A estratégia do seu negócio está pronta para não só seguir ondas, mas para inovar com oportunidades como essas?
