Desde que o Google decidiu migrar o Universal Analytics para o Google Analytics 4, mais conhecido como GA4, não se fala de outro assunto quando o tema é análise de dados em uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Essa nova versão da ferramenta do Google está mudando a forma que analisamos o comportamento do usuário e, mais do que isso, é uma oportunidade de nos aproximar ainda mais da verdadeira jornada do consumidor.
Mas vamos por partes.
O que é o Google Analytics?
O Google Analytics é a ferramenta do Google que permitia que as empresas coletassem e analisassem dados detalhados sobre o comportamento dos usuários em seus sites e aplicativos.
E por que o Google decidiu mudar para o GA4?
Desde maio de 2023, o Google tem feito a migração de umas das suas ferramentas mais importantes: o Google Analytics. A empresa decidiu sair de sua estrutura anterior chamada Universal Analytics (UA360) para o novo GA4!
O Google Analytics 4 foi desenvolvido para fins de eficiência, pensando na extinção da política de cookies e nos princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a fim de se tornar completamente orientada para a privacidade do consumidor.
Mas, calma aí: O que realmente são os cookies? E como o GA4 vai garantir a privacidade nas plataformas?
Cookies são arquivos criados em sites que informam ao navegador que você já acessou determinado link e coletam dados específicos sobre o seu perfil, como forma de “melhorar a sua experiência”. Esse processo era essencial para entender a jornada do usuário na plataforma.
Mas com a preocupação cada vez maior sobre a privacidade de dados, esse modelo começou a se tornar ultrapassado. Para se adaptar ao momento cada vez mais cookieless que vivemos, o Google projetou o GA4, que funciona com ou sem cookies e usa o aprendizado de máquina e a modelagem estatística para preencher os dados faltantes.
Tá, e nós (e você) com isso?
O momento que o Analytics vive é de transição. Dentre elas, uma das grandes mudanças é um novo modelo de dados, mais flexível e orientado a eventos.
Eventos personalizados e parâmetros específicos agora podem ser registrados, permitindo uma análise mais profunda das interações do usuário em sites e aplicativos. Essa rica fonte de informações nos permite entender melhor o comportamento do consumidor, identificar oportunidades de melhoria, otimizar campanhas e facilitar o rastreamento e análise de dados entre plataformas.
Em meio às várias mudanças que serão listadas, podemos entender como a principal o fato de que todo o andamento do sistema e medição de dados dependerão das configurações de quem irá tratá-los. Ou seja: entender a jornada do consumidor, para além do momento de conversão, torna-se ainda mais importante. Identificar os gatilhos que levarão o usuário a se interessar por um produto e o momento que ele está, seja de uma necessidade ou indulgência, por exemplo, será um diferencial na hora de configurar o GA4.
Essa modificação para eventos, e quase tudo que existe no GA4, acaba tornando personalizável tudo o que o teremos visível no Analytics sobre o consumidor interagindo no site ou app nesses novos formatos de medição. Por isso, precisamos ter a certeza e o cuidado de escolher qual o melhor caminho a seguir e quais frentes de dados vamos olhar se quisermos agir de forma mais assertiva. Assim, devemos fazer as perguntas corretas para gerar insights eficientes!
O que queremos medir? De que forma? Em qual momento da jornada? Esses são alguns dos questionamentos constantes nesse processo de migração, levando em conta o fato de que iremos escolher quais eventos dentro dessa visão serão considerados conversões e as novas métricas que surgem nesse novo modelo.
Aliás, falando em análise e experiência dos consumidores… Uma das mais importantes formas de mensuração do Google Analytics também vai mudar: o modelo de atribuição!
Teremos a mudança da visão “last-click”, modelo tradicional no UA360, que atribuía todo o mérito de uma conversão ao último clique ou interação antes da conversão. Veremos, no novo Analytics, a transição para uma abordagem baseada em dados, sendo possível rastrear e analisar uma sequência completa de interações e eventos que levaram à conversão, ao invés de se concentrar exclusivamente no último clique, permitindo uma análise mais profunda do comportamento do usuário durante todo o caminho da conversão.
Isso é fundamental e valioso, pois a tomada de decisão do consumidor é frequentemente influenciada por várias interações e pontos de contato ao longo do tempo. Essa nova perspectiva impulsionada por dados proporciona uma compreensão mais profunda do valor de cada interação e melhora a eficiência da sua estratégia de aquisição e conversão. Logo, com a mudança para o modelo baseado em dados, temos uma perspectiva mais holística para entender a jornada do usuário.
Entender a jornada do consumidor, para além do momento de conversão, torna-se ainda mais importante. Identificar os gatilhos que levarão o usuário a se interessar por um produto e o momento que ele está, seja de uma necessidade ou indulgência, por exemplo, será um diferencial na hora de configurar o GA4.
Já que agora estamos com uma visão de plataforma mais centrada no consumidor e seu caminho dentro do site ou app até a conversão, se liga em algumas das métricas novas do GA4 bastante necessárias e que vão auxiliar muito nessa nova fase!
Visando diminuir o bounce rate, a famosa taxa de rejeição, vamos passar para uma contagem de sessões mais inteligente! Nessa métrica, conta como uma sessão engajada somente se o usuário estiver com o site aberto em primeiro plano e por mais de 10 segundos
Imagina o quão necessário é saber a média de tempo que as pessoas passam no seu site. Essa nova métrica do GA4 nos dá o tempo médio que o usuário ficou com o site ou app aberto por mais de 10s e em primeiro plano. Com certeza vai ajudar a solucionar muitos problemas e, sem dúvidas, gerar insights a partir de investigações usando dados como esse para embasar argumentos!
O cálculo é feito dividindo o número total de sessões pelo número de sessões engajadas. É a métrica responsável por nos dizer se estamos retendo ou não os usuários, e a partir disso aplicar melhorias na experiencia com o site (SEO e UX).
Estar atento às mudanças e necessidades da sociedade em que vivemos é necessário e o Google nos prova isso. Proteção de dados e Messy Middle são alguns dos conceitos já presentes e, agora, também na forma de mensurar dados dentro do GA4.
Cada vez mais devemos estudar o comportamento do público para sermos mais assertivos nas nossas estratégias.
Escrito por Iara Conceição e Winicius Pinheiro, estagiários da Convert
Com João Silva e Matheus D’Elia, Líderes de Programática e BI da Convert
